Prefácio

Blogue dedicado ao surrealismo, com particular destaque para o movimento literário português.

O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primariamente em Paris dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo, reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo e posteriormente expandido para outros países. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na actividade criativa. Os seus representantes mais conhecidos são Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas, André Breton na literatura e Luis Buñuel no cinema.







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as últimas palavras

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A última entrevista do poeta surrealista Alexandre O'Neill.

[aqui]

4 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de não ser grande fã da CFA, não posso deixar de agradecer por partilhar esta pérola! Fantástico!

Sílvia disse...

"Não usa o telefone? Nunca ficou agarrado ao telefone à espera que tocasse, a quebrar uma ansiedade solitária?

Já fiquei, mas ele não tocou."

(Que coragem...)


Um dos meus poemas,

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O’ Neill

Anónimo disse...

Li esta entrevista mergulhado num clima de avidez melancólica.
Ó'Neill é das minhas grandes influências poéticas. Até tenho um poema chamado "Pequena aguarela draculinana, com paragem em O'Neill e apeadeiro em Melo e Castro".

Primeiro comprei os pequenos-grandes livros "A saca de orelhas" e "No reino da Dinamarca", em pleno Chiado, após demanda aturada.

Felizmente, nos últimos anos apareceu uma boa edição antológica, livros de crónicas, estudos. Recuperou-se o poeta e o homem.

Ainda tive o prazer de ver O'Neill declamar. No Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.

Declamou "O Céu a seu dono". E de cada vez que declamava o refrão abria os braços como um Cristo. No final, sorriu, envergonhado, para a parca assistência.

Era um extraordinário observador do Homem.Tem histórias de vida deliciosas.

Por isso fiquei melancólico a ler a entrevista. Com uma enorme saudade.

A. Pedro Ribeiro disse...

magnífica entrevista.