.
Marulha sereno o oceano
As rochas medonhas du-du
Luz sereno o oceano
No seu pífaro toca o homem
Em silêncio correm pelo mar
Elefantes brancos de medo
Cantam peixes escorregadios
Caem as estrelas da lua
Ergue-se a casa delicada
Com as portas de par em par
E a promessa de fogões quentes
Em casa e guardas a modorrar
Dorme uma velha no telhado
Com a orelha a drapejar
No nariz torto e qual brisa
O cabelo lhe faz voar
De uma árvore olha um cuco
Com os seus óculos para o norte
Não olhes tanto ó meu cuco
Não olhes tanto para o norte
Lá só vento carabistre
Guarda o tempo nos algarismos
Só o gavião sdigr ustr
Espreita lá a sua caça.
Daniil Harms
In A velha e outras histórias. (2007, assírio & alvim)
5 comentários:
Muito interessante. Não conhecia.
tb não e gostei
Excelente poema do qual desconhecia totalmente.
Parabéns, amigo Ricardo.
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
Os russos sempre tiveram queda para a poesia. Bom poema...
Lindo poema...adoro surrealismo, mas não conhecia....
Proponho uma visita a:
http://bibliotecaportaberta.blogspot.com/
Não se vão arrepender! Blog novo!
Enviar um comentário